Heróis do mar, nobre povo,
Nação talento e imortal,
Levantai sempre de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
A braços, a braços!
Pela Terra, Sol e Mar,
Abraços e cravos!
LIBERDADE e PAZ no ar!
E pelos dois amar, GANHAR!
Vivemos uma era muito diferente daquela em que o nosso hino foi criado (1890). A exaltação da guerra ("Às armas, às armas!", "Contra os canhões...") nos tempos que correm não faz qualquer sentido. O Salvador Sobral é a última prova de que é possível ganhar com talento e prazer, e não apenas com luta, e que a Europa e o mundo clamam por paz depois de alcançada a liberdade e a prosperidade.
Merecemos um hino mais atual e mais fraternal. Mas mantendo a nossa história. Esta é uma humilde sugestão para cantarmos já nas próximas cerimónias oficiais (sem criar muita polémica) pois, uma mudança deste tipo, poderá levar muitos anos a ser decidida social e politicamente. Chamemos-lhe "Hino dos abraços" ou "Hino dos afetos".